A noite,
serena.
Eu quase
posso
apalpar seus seios.
Sua mão acaricia o debil água.
Ela não tem uma moeda de prata na sua testa,
mas o Acuaronte, vai passar com ela porque é uma
condena
deixá-la solitária na praia.
As palavras de ela fazem voltar a menstruação para
as estrelas.
Sua pele preta extingue o fogo de Averno.
Ela no sua ventre de lua carrega a brasa que parirá
a nova manha.
Noite, mulher amante do corpo exumado.
Você é a noite.
Hugo Oquendo-Torres
Rojo I
15 de Mayo, 2013